A experiência digital, essencialmente discreta, geralmente é contraposta à experiência contínua da realidade. A imagem e os elementos digitais tornam-se então simulação. Para alguns teóricos, a simulação possui aspectos positivos, principalmente na educação. Para outros, ela torna-se simulacro, ou seja, pretensas cópias que não guardam nenhuma relação com um original. Epistemologicamente, trata-se de ilusão. A simulação engendra um mundo de ilusões habitado por simulacros cuja função é a de enganar. Gilles Deleuze aponta para um outra forma de pensar, na qual o simulacro é comparado ao devir e à diferença. A experiência digital favoreceria então uma relação estética com o singular, com a diferença, abrindo para as possibilidades de habitar o mundo com formas de vida diferentes.
“A Era Digital e seus Desdobramentos Estéticos”. Revista Digital RUA – Revista Universitária do Audiovisual. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos.
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